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A importância do gerenciamento de estoque e como manter tudo sob controle

  • marketing337602
  • 11 de abr.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 17 de abr.

O estoque é um dos ativos mais valiosos de uma empresa — seja ela do comércio, indústria ou distribuição. Um bom gerenciamento de estoque evita prejuízos, aumenta a eficiência operacional e ainda garante que a empresa esteja em dia com suas obrigações fiscais.

Neste artigo, vamos mostrar os principais pontos que todo gestor deve observar quando o assunto é controle de estoque. Além disso, você vai entender como a tecnologia pode facilitar esse processo no dia a dia.


1. Gerenciamento de estoque: mais do que controlar produtos

Gerenciar o estoque vai muito além de saber o que está guardado no armazém. O controle eficiente envolve planejar compras, evitar perdas, manter o fluxo de caixa saudável e garantir que os produtos certos estejam disponíveis no momento certo.

Sem um bom gerenciamento, a empresa corre o risco de perder vendas por falta de produto, ou ter capital parado em excesso de mercadoria.


2. Movimentação por nota fiscal: registro e legalidade

Toda movimentação de entrada ou saída de mercadoria deve ser feita por meio de uma nota fiscal. Isso não apenas garante a legalidade da operação, como também alimenta automaticamente os saldos no sistema de estoque.

  • Entradas: compras de fornecedores (CFOP 1.101 / 1.102), devoluções de clientes (CFOP 1.201 / 1.202), transferências internas (CFOP 1.151/1.152).

  • Saídas: vendas (CFOP 5.101 / 5.102), transferências para outra filial (CFOP 5.151 / 5.152), devoluções a fornecedores (CFOP 5.201 / 5.202).

Ter um sistema ERP que integra as notas fiscais com o controle de estoque torna o processo mais seguro, rápido e livre de erros manuais.


3. Utilização de nota fiscal para baixa por roubo, perda ou deterioração

Infelizmente, nem toda saída de produto é positiva. Em casos de roubo, furto, quebra ou vencimento, é necessário dar baixa no estoque — e isso deve ser feito com a emissão de uma nota fiscal específica.

Essas notas justificam a redução de saldo e são importantes para fins fiscais e contábeis.

Exemplos de CFOP para essas baixas:

  • 5.927 – Lançamento efetuado a título de baixa de estoque decorrente de perda, roubo ou deterioração (para operações dentro do estado).

  • 6.927 – Quando a operação ocorre com destinatário fora do estado.

  • 5.910 / 6.910 – Para outras saídas com carga tributária, como doações, brindes ou bonificação.

  • 5.949 / 6.949 – Geralmente utilizado para baixa de estoque de itens consumidos pelo próprio estabelecimento.

  • 5.949 / 6.949 – Geralmente com carga tributária e com circulação de mercadoria, utilizado em operações que não é possível enquadrar dentro da lista de CFOP’s (ex. remessa em garantia, remessa para teste)

Além disso, é fundamental manter um laudo interno ou relatório explicativo anexado à nota fiscal, detalhando a perda, para respaldo em caso de fiscalização. 

Neste ponto é importante ressaltar que no caso de roubo, também é muito importante ter o Boletim de Ocorrência (BO), para fins jurídicos e fiscais. 


4. Inventário físico: conferência que evita surpresas

Mesmo com sistemas automatizados, o inventário físico continua sendo indispensável. Ele permite comparar o que o sistema diz que existe com o que realmente está armazenado.

Essa checagem deve ser feita periodicamente e também obrigatoriamente em datas específicas, como no final do exercício fiscal. O inventário também é exigido na entrega do Bloco K do SPED Fiscal, principalmente para indústrias e atacadistas.

O processo ajuda a identificar desvios, perdas, erros de lançamento e melhora a confiabilidade dos dados contábeis.


5. Apuração de custo: entenda quanto custa manter o estoque

Saber exatamente quanto custa cada item em estoque é crucial para precificar corretamente e manter a lucratividade. A apuração de custo pode seguir diferentes métodos, como:

  • Custo médio ponderado

Custo Médio Novo = (Quantidade Atual x Custo Atual) + (Quantidade da Comprada x custo da compra)

  Quantidade atual + Quantidade comprada

  • PEPS (primeiro que entra, primeiro que sai)

  • UEPS (último que entra, primeiro que sai – não permitido para fins fiscais no Brasil)

Além do valor do produto, é importante considerar fretes, seguros, impostos e despesas adicionais na formação do custo. Um ERP que automatiza essa apuração torna o processo mais confiável e estratégico.


6. Controle por lote: rastreabilidade e segurança

Empresas que lidam com produtos perecíveis, medicamentos ou itens com validade precisam controlar o estoque por lote e data de vencimento. Isso garante:

  • Rastreabilidade total do produto, desde a compra até a venda.

  • Controle de validade, evitando vendas de produtos vencidos.

  • Agilidade em recalls, se for necessário.

Com o controle por lote integrado ao ERP, é possível configurar alertas de vencimento, restringir vendas de produtos específicos e manter a conformidade com normas sanitárias e regulatórias.


Um bom controle de estoque é muito mais do que uma rotina operacional — ele protege o financeiro da empresa, garante o atendimento ao cliente e assegura o cumprimento das exigências fiscais.

Ao integrar processos como movimentação por nota fiscal, apuração de custo, controle por lote e inventário físico, sua empresa passa a operar de forma mais inteligente e eficiente.




 
 
 

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